Estudo de exoplanetas, localizados fora do sistema solar, pode levar à descoberta de sinais de vida pelo universo
A descoberta de planetas localizados fora do sistema solar, também chamados de exoplanetas, contribui para os estudos de possíveis sinais de vida pelo universo.
A Nasa alcançou um marco expressivo ao ultrapassar a contagem de mais de 5.000 exoplanetas descobertos pelos telescópios da agência espacial norte-americana. Segundo a Nasa, a jornada de 30 anos ampliou o conhecimento do universo, até então restrito aos planetas do sistema solar.
De acordo com a Nasa, os mais de 5.000 planetas encontrados até o momento incluem mundos pequenos e rochosos como a Terra, gigantes gasosos muitas vezes maiores que Júpiter e os chamados “Júpiteres quentes”, que estão em órbitas extremamente próximas em torno de suas estrelas.
Na lista de achados, existem também as “super-Terras”, que são possíveis mundos rochosos maiores que o nosso, e “mini-Netunos”, versões menores do Netuno do nosso sistema. As descobertas incluem ainda planetas orbitando duas estrelas ao mesmo tempo e planetas orbitando os restos colapsados de estrelas mortas.
Nova era
Com o avanço da tecnologia espacial, especialistas estimam que estamos diante de uma nova era de descobertas para além da identificação de novos exoplanetas.
O Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), lançado em 2018, continua a fazer novas descobertas de exoplanetas. No entanto, em breve os telescópios de próxima geração e seus instrumentos altamente sensíveis, começando com o recém-lançado Telescópio Espacial James Webb, capturarão a luz das atmosferas dos exoplanetas, lendo quais gases estão presentes para identificar potencialmente sinais indicadores de condições habitáveis.
De acordo com a Nasa, o Telescópio Espacial Romano Nancy Grace, com lançamento previsto para 2027, fará novas descobertas de exoplanetas usando uma variedade de métodos. A missão Ariel da Agência Espacial Europeia (ESA), com lançamento em 2029, observará atmosferas de exoplanetas. Com parte da tecnologia da Nasa a bordo, chamada Case, a missão deve se concentrar em nuvens e neblinas de exoplanetas.
Segundo o astrônomo Alexander Wolszczan, é inevitável que encontremos algum tipo de vida em algum lugar – provavelmente de algum tipo primitivo. Para ele, a estreita conexão entre a química da vida na Terra e a química encontrada em todo o universo, bem como a detecção de moléculas orgânicas generalizadas, sugere que a detecção da própria vida é apenas uma questão de tempo.